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O Revolucionário como Sul

O Revolucionário como Sul

“Revolución es sentido del momento histórico; es cambiar todo lo que debe ser cambiado; es igualdad y libertad plenas; es ser tratado y tratar a los demás como seres humanos; es emanciparnos por nosotros mismos y con nuestros propios esfuerzos; es desafiar poderosas fuerzas dominantes dentro y fuera del ámbito social y nacional; es defender valores en los que se cree al precio de cualquier sacrificio; es modestia, desinterés, altruismo, solidaridad y heroísmo; es luchar con audacia, inteligencia y realismo; es no mentir jamás ni violar principios éticos; es convicción profunda de que no existe fuerza en el mundo capaz de aplastar la fuerza de la verdad y las ideas. Revolución es unidad, es independencia, es luchar por nuestros sueños de justicia para Cuba y para el mundo, que es la base de nuestro patriotismo, nuestro socialismo y nuestro internacionalismo.” – Fidel Castro.

Com esse escrito, sugerido pela camarada Maria Eugenia Romero do Movimento Cultura Viva Comunitária de Cuba e da Equipe de Acompanhamento Continental CVC (EAC), iniciamos esse artigo das nossas Notas Continentais alusivo ao maior evento político latino-americano e caribenho do século XX e que permanece vivo nos corações e mentes de quem luta por justiça para Cuba e para o mundo todo.

No dia 1 de janeiro a Revolução Cubana completou 66 anos com a derrubada da ditadura de Fulgencio Batista, aliado do governo estadunidense. Entre as principais lideranças estavam os irmãos Fidel e Raúl Castro, Camilo Cienfuegos, e o argentino Ernesto (Che) Guevara. Essa prodigiosa revolução ocorrida naquela pequena ilha caribenha, separada por apenas 150 km dos EUA, despertou grande atenção política, social e cultural pelo mundo, em especial entre as esquerdas latino-americanas, inspirando outros povos a se rebelarem contra as injustiças e explorações a eles submetidas por suas classes dominantes.

Após a vitória revolucionária, duas das primeiras medidas tomadas foram a estatização de empresas estrangeiras e a reforma agrária, como estratégia de acabar com a dependência econômica da ilha aos EUA. Com isso e num contexto de Guerra Fria, inicia-se o embargo econômico desumano, criminoso imposto pelos EUA até os dias atuais. Todavia, à revelia disso, mas pagando um alto preço, o processo revolucionário se afirma e o país avança em mudanças sociais e se torna, por exemplo, referência mundial em duas das áreas mais básicas em qualquer sociedade que se diga democrática, educação e saúde.

O tratamento dado a educação e a saúde como pública e universal desafia a lógica desenvolvimentista colonial-capitalista pondo Cuba como um dos países com melhor sistema de saúde e formação médica do mundo, baixíssima taxa de mortalidade infantil e alta expectativa de vida. Na educação, a erradicação do analfabetismo foi uma das prioridades revolucionárias assumidas e esse objetivo foi alcançado a partir da Campanha Nacional de Alfabetização (1961). Cuba investe quase 25% de seu orçamento em educação pública.

No campo das relações internacionais Cuba se destaca, numa perspectiva internacionalista e solidária. É um dos países mais atuantes no auxílio de desastres naturais ou episódios de epidemias/pandemias enviando ajuda humanitária junto com suas equipes médicas. Justiça para Cuba e para o mundo, o que Cuba fala, Cuba faz.

Mesmo sendo referência, como assinalamos anteriormente, pela sua rebeldia e luta por igualdade a ilha paga um preço equivalente a um estado de guerra. Os embargos estadunidenses ao longo dos anos acumularam aproximadamente 160 bilhões de dólares em prejuízo para a economia cubana. Todos os anos o governo cubano apresenta um documento à Assembleia Geral das Nações Unidas solicitando a fim do embargo, que há 30 anos aprova por ampla maioria o término desta desumanidade, mas essa solicitação sempre esbarra no voto dos EUA e de alguns aliados, como Israel.

A luta cubana por autodeterminação, pelo bem comum, por uma vida de liberdade e justiça é uma luta de todas as pessoas e povos dedicados a construção de um mundo mais vivível, livre da sanha capitalista e da estupidez colonial.

Encerramos esse artigo com mais uma contribuição valiosa da nossa companheira Maria Eugenia Garcia refletido sobre o conceito de revolução que iniciou este escrito e cultura viva comunitária.

“La Cultura Viva Comunitaria se refleja en este texto, para que siga su manifiesto debemos poner en práctica en diferentes espacios el debate,  diálogo y la reflexión sobre diversos temas de la sociedad,  así como los desafíos que enfrenta la nación,  particularmente en el orden cultural, ir madurando con una visión compartida y una estrategia operativa que fortalezca nuestra contribución para abrir nuevas propuestas que pongan a prueba nuestra capacidad de comprensión ante la creatividad y la participación en el campo de la Cultura y el Desarrollo local Comunitario”.

Que o amor revolucionário cantado por Carlos Puebla na sua música “hasta siempre comandante” dedicada a Che Guevara, inspire o Movimento Latino-americano de Cultura Viva Comunitária”.

 Marcos Antonio Monte Rocha – Pontão Pátria Grande/EAC

João Arthur Ribeiro Gonçalves – Fábrica de Imagens

Maria Eugenia Romero – Red Arte y Comunidad / Movimento Cultura Viva Comunitária Cuba / EAC

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