
Pontão Pátria Grande de Integração Latino-Americana e Territórios de Fronteira
Em 1924, teve início a marcha revolucionária que mais tarde ficaria conhecida como a Coluna Prestes. Ao longo de três anos, cerca de dois mil homens e mulheres atravessaram 25 mil quilômetros por 13 estados brasileiros, enfrentando e vencendo 18 comandantes militares, sem jamais conhecer uma derrota.
A coluna teve como objetivo derrotar a política oligarquista, enfrentar a censura do governo da época e desmascarar o exército entreguista. Segundo a historiadora Anita Prestes, filha de Luís Carlos Prestes, e de Olga Benário, para aqueles que participaram ativamente da resistência, a marcha foi um momento de liberdade, de reconhecimento e pertencimento ao povo brasileiro. Fazer parte daquele coletivo aguçou não só o senso político e revolucionário dos combatentes, mas a solidariedade e a camaradagem.
Dentre as reivindicações dos integrantes estavam o direito ao voto secreto e a defesa do ensino público para todos. As bandeiras levantadas pelo movimento incluíam o direito à alfabetização, à reforma agrária e à luta contra a miséria e as injustiças sociais.
Por isso, a coluna Prestes transformou-se em um símbolo de luta e esperança contra as classes dominantes do Brasil. Ao final da marcha, Prestes já era considerado um político de prestígio internacional mesmo antes de se reconhecer comunista. No percurso da Coluna, Prestes compreendeu que não era necessário apenas mudar os líderes oligárquicos, e sim mudar todo o sistema. Nas palavras de Florestan Fernandes, Prestes saltou da revolução ao comunismo. A organização coletiva e a perspectiva de justiça social que a Coluna Prestes incorporou são inspiração para um Movimento Cultura Viva, verdadeiramente, emancipador.
Sugestões de leitura complementar:
O Cavaleiro da Esperança. Autor: Jorge Amado
Viver é tomar partido. Autora: Anita Leocádia Prestes
As noites das grandes Fogueiras. Autor: Domingos Meirelles
Agentes escritoras deste artigo: Gabriele Marchioro e Ana Lívia
Usaremos cookies para melhorar e personalizar sua experiência se você continuar navegando. Podemos também usar cookies para exibir anúncios personalizados. Clique em EU ACEITO para navegar normalmente ou clique aqui e saiba mais sobre a nossa Política de Privacidade e nossa Política de Cookies.